ABSTRACT
INTRODUÇÃO: O Brasil é conhecido como o país do futebol, que é um campo de encontro de masculinidades regidas pela norma heterossexual, onde dissidentes desse aspecto podem ser marginalizados nesse espaço. OBJETIVO: forma, este estudo objetivou discutir a homofobia no contexto do futebol. MÉTODOS: Metodologicamente, esta é uma revisão narrativa da literatura, onde foram analisados 6 artigos, 5 em português e 1 em inglês, publicados entre 2012- 2018 indexados nas bases de dados Scielo, PEPSIC, BVS e Capes. Os dados coletados foram analisados a partir da elaboração de um protocolo de revisão e posteriormente a partir da técnica Análise de Conteúdo. RESULTADOS: Os resultados foram compilados em cinco categorias: 1) Futebol como contexto de performatividade de masculinidade; 2) Homossexuais no futebol; 3) A homossociabilidade no futebol; 4) Os estádios, a torcida, a linguagem e a mídia; 5) Torcidas queers e inclusão, que discutiram que o futebol é um contexto de performatividade da masculinidade hegemônica do projeto heterossexual, onde homossexuais tem sua participação limitada e/ou banida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Caso desejem participar do esporte, homossexuais precisam se adequar a norma heterossexual, geralmente permanecendo no armário. É permitida a homossociabilidade no futebol como forma de amor ao time e a linguagem é usada como meio onde a violência homofóbica é expressada, mas admite-se que mudanças nesse cenário estão ocorrendo, ainda que a passos lentos, possibilitando a proposta de masculinidades inclusivas. Conclui-se que o futebol representa bem mais do que um esporte, mas um jogo político e um dispositivo da sexualidade, que regula as relações de gênero entre homens.
INTRODUCTION: Brazil is well-known as the country of soccer football, a meeting place for masculinities, guided by the heterosexual norm, where dissidents of this aspect can be marginalized within this space. OBJECTIVE: This study aimed to discuss homophobia in this context. METHODS: Methodologically, this is a narrative literature review; six articles were analyzed, 5 in Portuguese and 1 in English, published between 2012-2018 and indexed in the Scielo, PePsic, BVS, and Capes databases. The collected data were analyzed using a review protocol and later from the Content Analysis technique. RESULTS: The results were compiled in five categories: 1) Soccer as a context of male performance; 2) Homosexuals in football; 3) Homosociality in football; 4) Stadiums, fans, language, and the media; 5) Queer cheerleading and inclusion, which argued that football is a context of performativity for the hegemonic masculinity of the heterosexual project, where homosexuals have their participation limited and/or banned. FINAL CONSIDERATIONS: Homosexuals need to conform to the heterosexual norm if they wish to participate in the sport, usually remaining in the closet. Homosociability in football is allowed as a form of love for the team, and language is used as a way to express homophobic violence, but it is admitted that changes in this scenario are taking place, even if at a slow pace, enabling the proposal of inclusive masculinities. It is concluded that football represents much more than a sport, but a political game and a device of sexuality, which regulates gender relations between men.